Para amar, não é preciso perder a liberdade eu disse, depois do segundo copo de cerveja. Fui repreendida por olhares acusadores, que não entendiam minha opinião, mas a respeitaram. Tentando explicar, ainda sentada na mesa eu disse, quando mais pensávamos conhecer o amor mais errados poderíamos estar mais exigências fazíamos, mais restrições reprimíamos, menos amor tínhamos. E conformávamos como, se assim fosse amar e a única escolha. Terceiro e último copo, já em pé próximo ao balcão, terminei Se amar fosse realmente tudo isso, que de certa forma alguns ainda vivem eu prefiro descobrir uma nova formula aonde eu não preciso deixar de ser quem sou do que gosto, de não ir quando não quiser de vestir o que quero, de falar alto, ter liberdade passar batom, tomar minha cerveja sexta a noite, sozinha. Aonde eu não preciso deixar nada disso para transbordar ao lado de alguém já que penso ser isso o amor transbordar, o que já está completo m você.